
As medidas para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus começaram a afrouxar, mas ainda não se sabe quando estaremos realmente seguros contra a doença. Apesar do número de curados aumentar diariamente, ainda não há um consenso sobre o tratamento para Covid-19, e a humanidade aguarda esperançosa pela vacina do coronavírus. A boa notícia é que esta realidade pode estar próxima.
Segundo levantamento feito pela Escola de Medicina Tropical e Higiene de Londres, atualmente existem 12 ensaios clínicos de vacinas para Covid em andamento. Metade deles acontece na China, enquanto os EUA apoia a pesquisa da farmacêutica Johnson & Johnson, a do laboratório francês Sanofi, que tem centros de estudos no país, e o projeto da farmacêutica Moderna.
Primeiros testes da vacina são promissores
A busca por uma vacina contra o coronavírus está ocorrendo em ritmo acelerado, com cerca de 80 grupos em todo o mundo tentando encontrar uma fórmula imunizadora. A Moderna finalizou os primeiros testes em humanos e divulgou os resultados iniciais da fase clínica, considerados “positivos” pela equipe. Os pesquisadores acreditam ser possível concluir toda a pesquisa e ter uma imunização disponível ainda neste ano.
Composta por um pequeno trecho do código genético do coronavírus, que é injetado no paciente, a vacina mRNA-1273 não é capaz de causar infecção ou os sintomas da doença, mas é suficiente para provocar uma resposta do sistema imunológico.
Segundo a companhia norte-americana, na primeira etapa dos ensaios clínicos oito voluntários apresentaram níveis de anticorpos semelhantes aos de pessoas que foram curadas da Covid-19, após receber duas doses da nova vacina. A segunda etapa terá 600 voluntários, estando prevista para junho.
A fase 3 deve ocorrer em julho, quando serão avaliadas eficácia e segurança da fórmula. Segundo os pesquisadores, se esses testes derem certo, uma vacina para Covid-19 poderá ficar disponível para uso da população até o fim deste ano ou no início de 2021.
E quanto à Cloroquina?
Depois da revista científica Lancet ter publicado uma pesquisa com 96 mil pessoas internadas com coronavírus em 671 hospitais de seis continentes, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu suspender os estudos com a hidroxicloroquina para o tratamento do coronavírus. O motivo, segundo a organização, seria reavaliar a segurança do medicamento antes de retomar as pesquisas.
O estudo feito pela Lancet mostrou que o uso de hidroxicloroquina e cloroquina estava ligado a um risco maior de arritmia e de morte. Os cientistas também constataram que não houve benefício no uso das drogas após o diagnóstico de Covid-19.
Alguns cuidados devem continuar
Ainda que a quarentena e o isolamento social tenham acabado, alguns cuidados continuam sendo essenciais, como o uso de máscaras e a higienização das mãos. As aglomerações também devem ser evitadas, e os grupos de risco devem continuar redobrando os cuidados. Até que a vacina para Covid esteja pronta, não devemos baixar a guarda. Faça sua parte e mantenha-se seguro.