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Bate-papo com a Oeste Saúde: Ansiedade e isolamento social

13 Maio 2020
Bate-papo com a Oeste Saúde: Ansiedade e isolamento social | Oeste Saúde - Planos de Saúde

Mostrando-se preocupada com a saúde mental da população nestes dias de distanciamento social, a Oeste Saúde promoveu no dia 20 de abril uma live com a psicóloga clínica Zilda Rodrigues. Falando sobre ansiedade, a profissional começou o bate-papo trazendo as definições deste sentimento que tem perturbado muitas pessoas nos últimos dias. 

Segundo a psicóloga, ansiedade é uma preocupação excessiva. Podemos estar ansiosos por vários motivos, e nem sempre trata-se de algo ruim. Acontecimentos positivos, como uma viagem, uma festa ou uma entrevista de emprego podem nos deixar neste estado de ansiedade. 

Mas Zilda explicou que o problema se inicia quando esse sentimento nos impede de realizar nossas tarefas e compromissos: “Não há problema em ter receios. No momento atual, muitos se perguntam se vão perder o emprego, e isso é normal. O problema começa quando essa preocupação torna-se excessiva. Você fica o tempo todo pensando a respeito disso”. 

Tipos de ansiedade

A psicóloga ressaltou que o problema pode se manifestar de diferentes formas.

Ansiedade generalizada: caracteriza-se pela angústia, medo, preocupação excessiva, boca seca, dor de cabeça, falta de ar, náusea, pensamento constante, tremedeira, inquietação, irritabilidade, falta de concentração e insônia.

Transtorno de pânico: a pessoa sente como se estivesse tendo um ataque cardíaco, com palpitação, dores no peito, sufocamento, tontura, confusão mental, medo de morrer e de perder o controle. Também é conhecido como síndrome do pânico

Transtorno de pânico + agorafobia: a pessoa tem medo de sair de casa, de multidões, locais muito abertos e também de viajar. Apresenta quadros de depressão, obsessão e fobia social. Ela começa a se isolar, deixando de comparecer a compromissos importantes.

Ataque de pânico: geralmente, tem um início agudo (sem motivo aparente), e torna-se uma experiência aterrorizante. O indivíduo sente falta de ar, desconforto torácico, náusea, tontura, formigamento, ondas de frio e calor e uma sensação de morte. 

De acordo com a profissional, é preciso descartar problemas físicos, para depois então pensar na questão psicológica e buscar um tratamento para ansiedade.

Como driblar a ansiedade durante o distanciamento social?

Estamos vivendo uma situação inédita, aprendendo a melhor maneira de lidar com todas as mudanças que o Covid-19 trouxe. Praticar o isolamento social significa que devemos permanecer em casa, saindo somente para atividades essenciais. Mas como podemos transformar essa situação em algo positivo?

A primeira dica da psicóloga Zilda é usar esse tempo para estreitar laços com as pessoas que vivem na mesma casa que você, como os cônjuges, pais e filhos: “Esta é uma ótima oportunidade de fortalecer os vínculos familiares. A aproximação virtual também pode ser uma forma de aprimorar a comunicação com pessoas que estamos em falta.” 

A profissional ainda ressalta que precisamos enxergar a atual situação sob uma nova perspectiva: “É hora de repensar nossa existência e rever nossos valores. O que é mais importante para nós? Hoje o consumismo não faz muito sentido; precisamos valorizar as pequenas coisas.” 

Para driblar o transtorno de ansiedade, também podemos usar a criatividade e desenvolver aqueles planos e projetos que sempre deixamos para depois. É importante ocupar bem o nosso tempo para nos sentir produtivos. Controlar a ansiedade consiste em lidar com o stress diário através de pensamentos positivos, mas sem negar a realidade. É ter esperança de um futuro melhor e encarar tudo isso como temporário. Lembre-se das situações difíceis que você já viveu e superou. 

E para quem está fazendo home office?

Para as pessoas que estão trabalhando de casa, a dica é estabelecer uma rotina bem definida, com horários semelhantes ao do trabalho externo. Vale a pena tomar um bom café da manhã, um banho e vestir-se como se fosse para a empresa. Faça as mesmas pausas para o lanche e refeições, e defina o horário de encerrar o expediente. Tudo isso ajuda a nos organizarmos internamente.

O que fazer diante de um ataque de pânico?

De acordo com a profissional, a primeira coisa que se deve pensar é que aquela sensação ruim passar, e não pode ocasionar a morte. Ela orienta a focar em uma respiração lenta e relaxada, olhando para o relógio. Todo ataque tem um pico, então saiba que ele vai diminuir até sumir por completo.

Se ainda assim você estiver se sentindo mal, é essencial procurar ajuda profissional, seja de um psicoterapeuta ou um psiquiatra. E esqueça os preconceitos! Saber pedir ajuda é fundamental.

A psicóloga Zilda finalizou a live dando as últimas dicas: “Tenha hábitos saudáveis, consuma alimentos que rebaixam ansiedade, tenha contato com a natureza e utilize técnicas de relaxamento. E não se esqueça de que existe um futuro. O isolamento é temporário”.

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