
A retinopatia diabética é uma das principais complicações relacionadas à diabetes mellitus e a principal causa de cegueira em pessoas com idade entre 20 e 74 anos. Na maioria dos casos, a baixa visual é causada pelo edema macular, podendo estar presente desde as fases iniciais da retinopatia até em casos nos quais há doença proliferativa grave, acometendo 30% dos pacientes com mais de 20 anos de diabetes.
O diabetes é uma doença caracterizada por um aumento do nível de glicose no sangue, que leva a uma série de problemas de saúde, inclusive doenças oculares. No caso da retinopatia, a alteração ocorre na retina, tecido neurológico que reveste a superfície mais interna do nosso olho.
Como a retinopatia diabética evolui?
A retina recebe luz e imagens, as processa e envia para o sistema nervoso central. Por ser um tecido, a retina possui vasos sanguíneos, que levam sangue para a região, e é neles que o aumento de glicemia gera problemas. A longo prazo, esse aumento gera lesões nos vasos, que se rompem.
Isso faz com que a retina fique inchada, ou sofra um enfarte ocular quando os vasos vão se fechando. Com isso, ela não consegue projetar a imagem captada, e não a envia para o sistema nervoso. Conforme esse efeito progride, os problemas de visão vão aumentando, evoluindo para a cegueira diabética.
Sintomas da retinopatia diabética
Os sintomas da retinopatia diabética variam bastante com o estágio da doença (proliferativa ou não proliferativa). Na fase inicial, a retinopatia diabética é assintomática. Por este motivo, o paciente diabético não deve esperar pelo aparecimento de sintomas visuais, devendo realizar exame de fundo de olho, pelo menos uma vez por ano.
A visão turva é um dos sintomas de retinopatia diabética mais frequentes, na fase proliferativa da doença, quando a mácula possui edema e quando os neovasos se rompem e sangram para o vítreo. A hemorragia pode reaparecer e causar visão muito turva.
Tratamento da retinopatia diabética
Em geral, o edema macular costuma ser diagnosticado cedo, porque o paciente sente seus efeitos rapidamente. Dependendo do estágio e do controle, é possível evitar uma cegueira e reverter alguns danos. Em casos leves, o tratamento para retinopatia diabética é clínico, envolvendo o controle dos níveis de glicemia para evitar os efeitos nos olhos e outras partes do corpo.
Já na forma proliferativa da doença, os sintomas demoram mais para aparecer, e o diagnóstico pode acabar sendo mais tardio, diminuindo a eficácia do tratamento. Nesses casos mais avançados, quando há dano na visão, o tratamento envolve a aplicação de uma injeção contendo anti-inflamatórios à base de corticóide ou antiangiogênicos, que servem para diminuir o edema macular. A aplicação de laser para retinopatia diabética ocorre apenas em casos ainda mais graves, quando já há um grande dano.
Como prevenir a retinopatia diabética?
Tendo boa visão ou não, o diabético deve fazer uma avaliação médica pelo menos anual. Também não basta apenas se preocupar com a saúde ocular, mas também garantir o controle da diabete, com acompanhamento médico e se atentando a questões como alimentação, peso e pressão.